27 março 2012

Sobre a convicção

"The Call of Innocence," 2005, Chen Xiaoping"


Com a convicção chega a estagnação. 

Quando a dúvida desvanece é acompanhada pelas possibilidades de compreensão da realidade, que não racionalizámos na tentativa de encontrar solução a uma certa questão. 

Não defendo o cepticismo, mas uma parte da compreensão que pode ser negligenciada em favor da simplificação e segurança de uma certeza. A parte que me refiro é a humildade da constante ignorância, mesmo quando temos uma resposta segura. Se nutrimos a incerteza sobre das nossas convicções, conseguimos manter a percepção desperta para a novidade.

E sorte daqueles que no leito da morte ainda mudam de opinião. 


27 janeiro 2012

Sobre o amor



                                           "O beijo", 1907-8, de Gustav Klimt
O amor é do foro dos sentimentos, como tal a sua expressividade é limitada no campo da linguagem. Não por falta de tentativas do homem em fazê-lo, mas sim  devido às formas emotivas que pode tomar em cada caso particular. Este é o sentimento mais complexo que encontramos na nossa existência, sendo por isso o exercício de sua circunscrição, árduo e incompleto. 
Embora dado como sentimento, qualquer tipo de amor é uma relação do eu com um objecto. Qualquer objecto é possível de ser amado, desde que exista uma crença pessoal da existência de tal sentimento. No entanto salvaguardo que o ego pode enganar-se na classificação, pois a consciencialização de um sentimento é um acto lacunoso. Mas deve prevalecer a crença do indivíduo para aceitarmos o seu amor por algo ou alguém, mesmo podendo tratar-se apenas de desejo ou medo. Porque dessa crença errónea pode surgir amor, porque na génese amorosa existe sempre um móbil sentimental. Com esse móbil, o indivíduo envolve-se com o objecto amado e multiplica as formas de relacionamento, que o levará a um ponto de sincera submissão ao sentimento que se vincula ao objecto amado.
Tal como a amizade, o amor é um sentimento superior, porque para a sua existência tem de haver uma racionalização que gera crença, mesmo quando esta é inconsciente. O desejo como sentimento primitivo não sofre de tal regra, como tal, este urge e o amor relaciona-se. O tempo e as experiências com um objecto, tornam-se então fundamentais para a elevação da relação ao estádio amoroso. No entanto estes dois princípios podem existir exclusivamente no subjectivo, logo, tanto o tempo como as experiências, não podem ser considerados como relativas a estas ocorrências na realidade física. Exemplo disso é um amor platónico.
O tempo permite relacionar e as experiências classificar, num acto em que o ego as interioriza, alargando a quantidade de identificações entre o eu e o objecto amado, gerando um compromisso que estabiliza a relação. 
A submissão e o compromisso expressam o amadurecimento da relação ao estádio amoroso, em que o carácter destes dois valores na relação com o ego é o que vai definir o tipo de amor. A submissão no amor é sempre relativa ao sentimento e não ao objecto, o que permitirá realimentar este estádio complexo com novos estímulos e formação de novas ligações com o objecto, necessárias para formar-se complementaridade entre os dois. O ego passa a constituir-se progressivamente em relação ao objecto, não que se torne igual a ele, mas tomando-o como referencial. 

Como a submissão é ao sentimento, a relação amorosa não é perene, o que permite a sua degeneração quando as experiências com o objecto se alteram de modalidade, seja por culpa do ego, do objecto amado ou pela presença de outro objecto antagónico. O compromisso é o que vai tornar a relação amorosa mais resiliente, resultado de uma crença de continuidade focada no futuro. O indivíduo promove a formação de alternativas para encontrar soluções às adversidades, que contudo têm um limite, relativo às características do ego e contexto em que a relação existe. 
O amor como necessita de pelo menos uma consciência crente nesta relação, é também transcendente e com um elevado nível de dogmatismo que pode obscurantizar o próprio ego. Uma relação amorosa saudável promove uma porosidade que permita ao indivíduo experienciar a restante realidade, com a vantagem deste olhar exterior servir para enriquecer a relação e favorecer o crescimento dos dois. É com a negociação, disciplina e tolerância que a relação amorosa saudável contacta com o exterior, uma vez que é impraticável a formação de um amor que totalize o eu e toda a realidade. A negociação harmoniza a responsabilidade, a disciplina permite cumprir as regras estabelecidas e com a tolerância acessa-se à compreensão.
Tudo o que o amor permite justifica a sua complexidade e dificuldade em existir, transforma o indivíduo numa pessoa preenchida e substantiva. Ao amor de paixão dedico especial consideração, pois permite alguém desejar e sentir-se desejado, algo que em abstinência pode originar graves danos ao indivíduo. 
A minha crença pessoal para se conseguir uma relação amorosa conjugal de sucesso, passa por estimular a presença do desejo, da auto-estima, do carinho, da confiança, da convivência, da diversão, de ouvir e ser ouvido, de antecipar as necessidades do outro, de expressar o amor sentido, de tocar, de partilhar, da construção de um projecto, de se sentir à vontade no privado, de ser disponível, de beijar, de contemplar e nunca deixar de galantear. 

26 janeiro 2012

As Melhores citações de Fry





FUTURAMA
As Melhores citações de Fry



FRY
Hey, aquele não é aquele gajo que és tu?

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FRY
Mas existir é basicamente tudo o que faço.


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LELLA
(Dentro dum chuveiro com Bender e Fry)
Este é o único lugar que a nave 
não nos pode  ouvir, por isso 
fingam todos que estão a tomar duche.

FRY
Ok. Como todos os dias.


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MORGAN
(numa inspecção ao cacifo de Fry)
Porque é que você tem iogurte
 dentro do chapéu?

FRY
Eu posso explicar isso. Costumava ser leite, 
e bem, o tempo faz tolos de todos nós.


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LELLA
ok, podem deixar de ser estúpidos?

FRY
Eu tinha mais, mas tudo bem.


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FRY
É como sexo, mas estou realmente a ter.


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FRY
Hey, vocês não têm direito para 
criticar o século XX! Nós demos ao 
mundo a lâmpada e o barco a vapor.


LELLA
Isso são invenções do século XIX...


FRY
Yah, pois é. Provavelmente copiaram-nos.


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FRY
A banda sonora do "breakfast club"! 
Mal posso esperar por ser velho 
ter sentimentos pelas coisas.


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FRY
Hey! o que é que cheira a azul?


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FRY
Hey! o que é que sabe a violeta?


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FRY
Uau! sacaste isso da internet? 
No meu tempo a internet servia
apenas para sacar pornografía.


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FRY
Aquela data está correcta?

LELLA
Sim, estamos em 2999.

FRY
(pensa durante uns momentos, sobre quantos anos passaram)
Meu deus! um milhão de anos!


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FRY
(a comer um hamburger)
hum! tal como o meu pai fazia, 
até que o McDonalds despediu-o.


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LELLA
Isto não é TV é a vida real, não 
consegues ver a diferença?

FRY
Sim, mas gosto mais de TV.


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GUIA TURÍSTICO
A partir de agora não haverá 
mais perguntas.

FRY
Porquê?


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FRY 
Acabei de curtir com uma mulher
radiador, do planeta radiador.

LELLA
Fry, aquilo era um radiador...


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LELLA
 
olhem, é a nave do Zapp Brannigan!

FRY
Uau. O Zapp Brannigan?

LELLA
Ele mesmo.

FRY
Quem é o Zap Brannigan?


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 NIBBLER 
Quando eles tiverem a informação
irão destruir todo o universo.

FRY
Agora tornou-se pessoal!


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FRY
Ouvi dizer que você uma vez derrotou 
uma horda de qualquer coisa furiosa,
num qualquer coisa, do sistema qualquer coisa.

ZAPP
Os Killbots? uma bagatela! foi
simplesmente um questão de
ser mais inteligente que eles.

FRY
Uau! nunca teria pensado nisso.

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FRY
I don't like you.


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ZOIDBERG
Teremos de ver o teu interior com esta câmara.

(Fry abre a boca)

ZOIDBERG
Adivinha outra vez.
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PROFESSOR

Esta parece um óptima oportunidade 
para experimentar o meu novo
comprimido anti-gravidade.
(tira um comprimido enorme do bolso)

FRY
Eu não consigo engolir isso!

PROFESSOR
Então boas noticias! É um supositório.
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FRY
Não há nada de mal em comer "fast food" 
uma ou duas vezes à refeição.

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FRY
Saudações homem lunar, vimos em paz.
Eu sou o Fry do planeta terra.

SAL
Chico esperto hã! Se não fosse tão 
calão dava-te um murro no estômago.

FRY
Mas és calão, certo?

SAL
Opah, nem me faças começar.
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FRY
Sinto que fui espancado por Jesus.
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FRY
Espera, estou a ter uma daquelas coisas,
tu sabes, uma dor de cabeça com imagens.

LELLA
Uma Ideia?
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FRY
(acabado de ser reanimado)
Estou nú e todo pegajoso. Perdi alguma 
coisa interessante?
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FRY
Isto é a coisa mais salgada que provei,
e uma vez tomei tigela grande de sal. 
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FRY
Eu voto naquele gajo. Não é só por ele
ter um fato, mas porque ele percebe de 
negócios e cenas e porque ele tem uma gravata.
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FRY
(a comer uma sandes estragada)
Que má...parece que está a haver uma 
festa na minha boca e estão todos a 
vomitar.